Segundo Altino o professor, escritor e investigador, a partir da análise do Foral de D. Afonso Henriques a Sintra e da caracterização demográfica no séc. XVI, situa no séc. XVIII o surgimento do epíteto “saloio", atribuído aos habitantes rurais que abasteciam a população snob lisboeta. Os rurais consideravam os mordomos lisboetas, designados “alfacinhas“ uns fracos, mal alimentados; que os recebiam com desprezo carregados, cheios de quilómetros nos pés e odor corporal (salauds). Para além de outras notícias, este odor corporal, alcunha esta gente rude e simples de Saloios. São estes ditos saloios, que pela procura Alfacinha de alimentos, começam a abastecer a cidade provenientes dos arrabaldes, num raio de cerca de 35km a norte ( Torres Vedras ) e também a sul, como até à pouco tempo, aliada à tradição religiosa centenária do “Círio“ de N. Srª do Cabo Espichel.